Os testes pré-transfusionais são requisitos de legislação para avaliar se o concentrado de hemácias (sangue do doador) a ser transfundido é compatível com o paciente (sangue do receptor).

Se houver transfusão de sangue incompatível podem ocorrer danos de menor ou maior gravidade, até mesmo possibilidade de óbito do paciente, por isso, os testes pré-transfusionais são tão importantes, devendo ser feitos por profissionais qualificados, equipamentos calibrados, reagentes de qualidade, além de outros requisitos incluindo toda a rastreabilidade do processo.

Existem 44 grupos sanguíneos e 345 antígenos, ou seja, muito além dos sistemas ABO e RhD que são os mais conhecidos e com maior risco de reação grave em caso de incompatibilidade.

O HEMOSC fez em 2023 mais de 77 mil testes pré-transfusionais, na grande maioria, usando a metodologia de tubo e o teste em gel apenas em casos específicos como complementar.

A partir de abril de 2024 o HEMOSC está invertendo as metodologias, usando a de gel como rotina e a de tubo como complementar.

Essa substituição era almejada há muito tempo porque agrega muito valor na qualidade dos testes pré-transfusionais realizados pelo HEMOSC.

“Algumas das vantagens da substituição ou teste complementar para a metodologia de gel nos testes imuno-hematológicos são a maior sensibilidade e especificidade das reações entre antígenos e anticorpos e uma maior facilidade na leitura e interpretação de resultados”, explica a bioquímica supervisora do Laboratório de Imuno-hematologia do HEMOSC, Paula Roberta de Cesero Piazzetta.

A implementação da metodologia de gel para testes imuno-hematológicos em nossa hemorrede representa um avanço significativo na segurança transfusional para receptores de sangue em todo o estado.

A metodologia de gel é reconhecida como uma técnica avançada e confiável, proporcionando resultados precisos e replicáveis nos testes pré-transfusionais.

Para Guilherme Genovez, diretor médico do HEMOSC, ao adotarmos essa abordagem, estamos fortalecendo ainda mais nossa capacidade de atender às demandas crescentes da Hemorrede com alta qualidade.

“A implantação da metodologia do gel, demonstra mais um empenho do HEMOSC na busca pela melhoria para continuar oferecendo serviços de excelência aos catarinenses que precisam de transfusão”, declara diretora-geral do HEMOSC, Patrícia Carsten.